Em qualquer projeto, você pode ter centenas de tarefas e dezenas de dependências. Pode parecer quase impossível identificar as tarefas mais importantes; aquelas que, se perdidas, terão impacto sobre todo o seu projeto. Em outras palavras, tarefas com as quais você realmente precisa se preocupar e certificar-se de que cumpriu seus prazos.  

O método de caminho crítico, uma técnica de gerenciamento de projeto criado na década de 1950, permite que você identifique essas tarefas importantes e permanecer a par do desenvolvimento ao longo de seu projeto. Começando como diagramas desenhados à mão e evoluindo para software automatizado, o método de caminho crítico tornou-se uma parte essencial do planejamento de um projeto.

O que é o Método do Caminho Crítico (CPM)?

O Conjunto de Conhecimentos em Gestão de Projetos (PMBOK), uma coleção internacionalmente reconhecida de processos e áreas de conhecimento aceitas como a melhor prática para a profissão de gerenciamento de projeto, define o caminho crítico como "a sequência de atividades programadas que determina a duração do projeto." É a mais longa sequência de tarefas em um plano de projeto que deve ser concluído a tempo para que o projeto chegue ao prazo final. Se houver um atraso em qualquer tarefa do caminho crítico, então seu projeto inteiro ficará atrasado. Embora muitos projetos tenham apenas um caminho crítico, alguns projetos podem ter vários caminhos críticos.

O método do caminho crítico é uma técnica de gestão do projeto passo a passo para identificação de atividades no caminho crítico. É uma abordagem ao agendamento de projeto que divide o projeto em várias tarefas de trabalho, exibe-os em um gráfico de fluxo e, em seguida, calcula a duração do projeto com base na duração estimada para cada tarefa. O método identifica as tarefas que são essenciais, de acordo com tempo, para a conclusão do projeto.

 

O Dr. Larry Bennett é um engenheiro civil, gerente de projeto e autor de quatro livros, incluindo um guia do caminho crítico escrito em 1978, intitulado "Redes de Precedência do Caminho Crítico," explica que o método do caminho crítico ajuda a gerenciar projetos de duas maneiras diferentes: "produz um cronograma planejado para orientar a equipe de projeto, e também forma a base para o acompanhamento do desempenho do cronograma do projeto, comparando o desenvolvimento atual com o progresso que havia sido planejado para a tarefa."

 

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Experiência e História do Caminho Crítico

O caminho crítico é muito familiar para Dr. Bennett. Ele tem feito uso da qualidade de agendamento do caminho crítico desde 1965. Ele também passou 29 anos na faculdade engenharia da Universidade de Fairbanks no Alasca, ensinando cursos de graduação e pós-graduação em gerenciamento técnico, incluindo gerenciamento de projetos e agendamento.

Além de seus livros, ele escreveu mais de 50 publicações e artigos profissionais, sobre temas que vão desde gerenciamento de construção à técnicas de rede para o agendamento de projeto. 

Dr. Bennett afirma que o caminho crítico teve uma longa trajetória. Na verdade, o método de caminho crítico original foi feito à mão. Veja a descrição de Dr. Bennett abaixo.  

"O método original de caminho crítico usava setas para representar as tarefas e agrupá-las, conectando seu início e fim em nódulos, para que o sequenciamento adequado fosse desenvolvido. Esta abordagem durou uma década, quando um método diferente, com os mesmos resultados, tornou-se popular. John W. Fondahl, professor de gestão de construção da Universidade de Stanford propôs, em uma dissertação de 1961, que cada tarefa seja representada por um nódulo – quadrado, circular ou oval – e que os nódulos sejam ligados por linhas ou setas, representando a sequência entre tarefas. Esta abordagem, conhecida como o método do diagrama de precedência, ou atividade-em-nódulo (AON) foi aderida rapidamente e tem substituído o método anterior chamado diagrama de atividade na seta (MDS) em quase todos os usos."

Como o método do caminho crítico foi criado  

Foi nos anos 1950 que o método do caminho crítico teve início, com dois projetos simultâneos porém não relacionados. O Programa de Míssil Balístico da Marinha Americana (Polaris) estava atrasado e precisavam de ajuda para que o problema fosse resolvido. A solução sugerida foi que o projeto fosse dividido em milhares de de tarefas, cada uma delas representadas por uma seta, cada seta conectada em sequência própria, com a estimativa de duração de cada tarefa e o cálculo da duração do projeto e do grau de importância crítica de cada tarefa.  

Durante esse mesmo período, a Companhia El DuPont de Nemours, uma companhia química americana, passava por atrasos em tempos de resposta em seu projeto para reorganização de suas instalações para a produção de vários produtos. Eles também precisavam de ajuda e a solução proposta era parecida com a do Programa Polaris. 

A abordagem do grupo que desenvolveu o Programa Polaris foi nomeada Técnica de Projeto de Avaliação e Revisão (PERT), enquanto o método DuPont foi nomeado Método do Caminho Crítico (CPM).  E embora esses métodos sejam parecidos, eles usam técnicas diferentes para calcular a duração de tarefas.  

O método PERT usava três estimativas de tempo diferentes para a duração de cada projeto e calculava a probabilidade de conclusão do projeto a qualquer hora. A abordagem DuPont usava duração única para cada tarefa; preocupava-se, não somente com o tempo de conclusão do projeto mas também com a análise de custos extras que seriam acumulados caso a duração do projeto fosse reduzida.  

Dr. Bennett diz que atualmente “os termos PERT e CPM são usados indistintamente, ambos indicando que qualquer método de programação de rede e PERT tendo perdido sua inclusão de três vezes as estimativas e probabilidades.”

As vantagens do caminho crítico no dia-à-dia

Embora tenha sido originado no final dos anos 1950, o caminho crítico ainda é extremamente importante para gerenciamento de projetos nos dias de hoje. O caminho crítico apresenta uma representação visual de atividades do projeto, mostrando claramente o tempo necessário para conclusão de tarefas e rastreia as atividades para que você não se atrase. O método do caminho crítico também diminui incertezas porque você tem que calcular ambos os tempos de conclusão de duração, o mais longo ou o mais curto, para cada atividade. Isso o faz então considerar fatores inesperados que podem ter impacto em suas tarefas e reduzir as chances de surpresas inesperadas que possam ocorrer em seu projeto.

De acordo com  Dr. Bennett, o método do caminho crítico também apresenta três benefícios para gerentes de projeto:

 

  1. Identifica as tarefas mais importantes: primeiramente, o método do caminho crítico identifica claramente as tarefas as quais você precisa dar maior atenção. Caso qualquer tarefa demore mais do que o tempo estimado, comece ou termine mais tarde que o planejado, o seu projeto inteiro será negativamente afetado. 
  2. Ajuda reduzir a duração de projetos: A segunda observação é, “se após a análise de tempo inicial ainda houver interesse em diminuir a duração do projeto, será clara qual a tarefa poderá ter sua duração reduzida” de acordo com Dr. Bennett. Quando os resultados do método do caminho crítico são apresentados em um gráfico de barras, como o gráfico Gantt, fica mais fácil de ver e analisar o tempo do trabalho como um todo. Você pode visualizar as atividades do caminho crítico (que estão geralmente em destaque), como também a duração das tarefas e a sequência de cada uma. Isso gera um nível maior de compreensão do prazo do seu projeto, facilitando sua visão geral sobre cada tarefa a ser modificada e quais tarefas devem permanecer inalteradas.  
  3. Compara o que foi planejado com o progresso real: E por fim, Dr. Bennett diz que o método do caminho crítico também pode ser usado para planejar progresso futuro, comparando-o com o progresso em tempo real. “Com o desenvolver do projeto, o cronograma de base é desenvolvido a partir da análise do caminho crítico inicial para acompanhar o progresso programado.  Ao longo do projeto, um gerente pode identificar as tarefas que já foram finalizadas, prever a duração dos projetos em andamento e planejar quaisquer mudanças em sequências e durações futuras de cada tarefa.  O resultado será uma programação atualizada, a qual, quando comparada com o cronograma de base, apresentará um meio visual de comparação do progresso planejado quanto ao progresso atual.”

 

Passos principais do método do caminho crítico

Existem seis passos no método do caminho crítico:  

Primeiro passo: especificar cada atividade

Usando o plano de estrutura do projeto, você precisará identificar cada atividade (ou tarefa) envolvidas no projeto. Esta lista de especificação de atividades deve incluir apenas atividades de alto nível. Quando atividades detalhadas forem utilizadas, a análise do caminho crítico poderá se tornar demasiadamente complexa para gerenciar e manter. 

 

Um plano de estrutura do projeto divide o projeto em seções gerenciáveis.  

O primeiro passo é identificar os principais objetivos do projeto. Você poderá então dividir as atividades de alto nível em partes menores.  

Você poderá escolher como apresentar a divisão da estrutura de trabalho do projeto. Algumas pessoas usam uma estrutura hierárquica, enquanto outras usam listas ou tabela. Um esboço é uma das maneiras mais fáceis de representar a estrutura da divisão da atividade.

Segundo passo: estabelecimento de dependências (sequência da atividade)

Algumas atividades dependem da finalização de outras. Tendo uma lista de atividades e sabendo qual a atividade diretamente dependente da anterior será de grande ajuda para a identificação da sequência correta. Para identificar corretamente os antecessores imediatos de cada atividade, você deverá fazer as três perguntas seguintes para cada atividade em sua lista, desde de o primeiro passo: 

  • Qual tarefa deve ser finalizada antes de que essa tarefa comece?
  • Quais tarefas devem ser finalizadas ao mesmo tempo que esta tarefa?
  • Quais tarefas devem acontecer assim que esta tarefa seja concluída?

Terceiro passo: desenhe o diagrama de rede
 

 

Uma vez que você tenha identificado as atividades e suas dependências, você poderá então fazer o esboço do gráfico de análise do caminho crítico (CPA), conhecido como diagrama de rede. O diagrama de rede é uma representação visual da organização de suas atividades baseado em dependências.

Este diagrama do caminho crítico era esboçado a mão mas agora existem programas de software que podem criar este diagrama para você.  

Quarto passo: estimativa de tempo de finalização da atividade

Usando experiências passadas ou o conhecimento de um membro da equipe mais experiente, você deve agora fazer a estimativa do tempo que será necessário para completar cada atividade. Caso esteja gerenciando um projeto menor, você provavelmente fará a estimativa em dias. Se o projeto for mais complexo, você poderá medir o tempo em semanas.

Se não se sentir seguro usando as estimativas disponíveis, você poderá então fazer uso da estimativa de 3 pontos, que é designada para por maior valor em um prazo mais realista.  

Na estimativa de 3 pontos, você deve criar três estimativas de tempo para cada tarefa, baseando-se em experiência anterior ou melhor suposição. O método de estimativa é apresentado em fórmulas para que o cálculo da duração de tempo seja mais preciso.  

a = a estimativa do melhor cenário
m = a estimativa de maior probabilidade
b = a estimativa do cenario menos favorável  

Estes três valores identificam o que acontece em um estado mais favorável, o que seria mais provável e o que aconteceria em um cenário menos favorável.  

Uma vez que você tenha identificado esses valores, você poderá usá-los em duas fórmulas diferentes. O primeiro será usado para encontrar a média ponderada, que coloca mais peso no valor “mais provável”. Veja a fórmula abaixo. Usamos E para estimativa, e os números 4 e 6 representam os métodos padrões para que o peso seja colocado em valores mais realistas.  

E=(a+ 4m +b)/6

A segunda maneira de utilizar estes valores é conhecida como distribuição triangular.  A diferença principal é que este método não põe mais peso no valor “mais provável”. Veja a fórmula abaixo. Usamos E para estimativa, e o número 3 representa o método padrão.

E = (a + m + b)/3

Quinto passo: identifique o caminho crítico  
 

 

Agora existem duas formas que o ajudarão a identificar o caminho crítico. Você pode dar uma olhada no diagrama de rede e simplesmente identificar o caminho mais longo na rede -- ou seja, a sequência mais longa de atividades no caminho. Assegure-se de procurar pelo caminho mais longo em termos de duração em dias, não o caminho com mais caixas ou nós. 

Você também pode identificar atividades críticas com a técnica de avanços e retrocessos, identificando mais cedo assim os tempos de início e término para cada atividade. 

Se você tem múltiplos caminhos críticos, você termina por ter sensibilidade de rede. Um cronograma de projeto é considerado sensível se o caminho crítico tem a tendência de se modificar uma vez que o projeto tem início. Quanto mais caminhos críticos em um projeto, maior a probabilidade de mudança em cronograma. 

Sexto passo: atualização do diagrama do caminho crítico para apresentação do progresso  

No decorrer do projeto, você verá os tempos atuais de término das atividades. O diagrama de rede pode ser atualizado para incluir esta informação (ao invés de continuar usando as estimativas).

Ao atualizar os diagramas de rede assim que novas informações emergem, você pode recalcular um caminho crítico diferente. Também terá uma visão mais realista sobre a data de conclusão e saberá se está no caminho certo ou se está atrasado.

Outros cenários no método do caminho crítico

Um dos maiores benefícios do método do caminho crítico é a identificação das tarefas cruciais que, caso não relevadas, terão grande impacto na data de conclusão do projeto. Um outro benefício também é a visibilidade que você terá sobre o andamento de seu projeto, o que o auxilia a confirmar que tudo está ocorrendo como planejado.  

Diminuindo o cronograma do seu projeto

No decorrer do método do caminho crítico, você pode decidir que quer diminuir a duração de seu projeto ou que você precisa comprimir o cronograma do projeto a fim de cumprir o prazo definido. Existem duas maneiras para que isso seja feito: aceleramento ou curso intensivo.

Aceleramento 

No aceleramento, você olha para o caminho crítico e decide quais atividades podem ser feitas paralelamente para que o projeto seja completo mais rapidamente. Você só precisa revisar as atividades no caminho crítico porque todas as outras atividades tem fluxo (se você diminuir a duração destas atividades, você estará somente dando a elas maior fluxo). 

Enquanto o aceleramento reduz o tempo do seu projeto, também apresenta riscos pois você esta fazendo atividades paralelas às atividades originalmente planejadas para serem feitas logo em seguida.  

Duração de curso intensivo  

Duração de curso intensivo, ou simplesmente ‘intensivo’, refere-se ao menor tempo possível para que a tarefa seja programada. Isso acontece quando se adicionam maiores recursos para completar certa atividade. No entanto, o curso intensivo no caminho crítico resulta em menor qualidade do trabalho porque o objetivo do curso intensivo é rapidez.

Gerenciando as limitações de recursos  

Ao longo do gerenciamento do seu projeto, podem acontecer problemas com limitações de recurso que podem mudar o caminho crítico. Se você tentar marcar certas atividades para o mesmo período de tempo, você poderá acabar precisando de mais pessoas do que as que estarão disponíveis. Como resultado, as atividades precisarão ser remarcadas. Ajuste de recursos é o processo que vai resolver esses conflitos. 

Ajuste de Recursos e Expansão  

Com o ajuste de recursos, você poderá resolver conflitos de distribuição de recursos. Um cronograma de nível de recursos inclui atrasos por conta de entrave de recursos (os recursos não estando disponíveis enquanto necessários).  

O ajuste de recursos também resulta em um caminho anterior menor, se tornando o maior caminho ou o caminho com maior “recurso crítico”. Isto acontece quando as tarefas no caminho crítico são afetadas por restrições de recursos.  

Um conceito parecido é chamado de cadeia crítica, a qual protege a duração de atividades e projetos de atrasos desnecessários por culpa de restrições de recursos. 


Avaliando o projeto final

Estes cenários mostram todas as mudanças inesperadas que podem ocorrer quando se está gerenciando um projeto, e como estas podem afetar o caminho crítico. Enquanto um projeto está sempre sujeito a mudanças, a boa notícia é que você pode medir as variações no cronograma do projeto original e medir como estas variações terão impacto em seu projeto final.  

Flexibilidade e atrasos em avaliações

Um cronograma criado a partir do caminho crítico envolve naturalmente muita oscilação porque você tem que usar seu melhor julgamento para calcular tempo. Caso um erro ocorra no tempo de finalização da atividade, o cronograma todo do caminho crítico pode mudar. Ou você terá que atrasar as atividades do projeto por conta de restrições de recursos.  

Definindo quais são as causas dos atrasos e determinando o que os causou podem ajudá-lo evitar situações semelhantes no futuro. Uma parte importante do projeto pós plano é o Caminho Crítico Como Construído, que analisa e especifica causas e impacto de mudanças entre o cronograma planejado e o que foi implementado. O Caminho Crítico Construído é um cronograma que mostra as datas que as atividades ocorreram de fato e distribui o tempo, determinando a responsabilidade pelos atrasos no caminho crítico.  

Estudando para a prova de PMP? Veja aqui o que você precisa saber sobre o método do caminho crítico


Para obter sua credencial como Profissional de Gerenciamento de Projetos (PMP), você precisa passar no teste de PMP, que é um teste de 200 perguntas de múltipla escolha, feito pelo Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI).

O caminho crítico é uma parte importante da prova PMP e certamente haverão perguntas sobre isto na prova. Você terá que mostrar sua habilidade em desenhar um diagrama de rede, identificar o caminho crítico, usar a técnica de avanços e retrocessos e calcular a folga.

Aqui está uma visão geral do que dos pontos mais importante que você precisa saber sobre o método do caminho crítico para ajudá-lo a passar na prova de PMP:

Como desenhar um diagrama de rede

Na prova de PMP, será solicitado que você desenhe um diagrama de rede. A prova irá descrever todas as atividades em um projeto e dirá quando as atividades deverão começar. Com esta informação, então, uma das questões irá pedir para que você identifique o caminho crítico e sua duração.

Para explicar como desenhar um diagrama de rede, Bennett criou um modelo de projeto com oito tarefas:

  1. Projeto de design do tanque (10 dias) já pode ter início.
  2. Construção da base do tanque (25 dias) e escolha de fornecedor do tanque (8 dias) pode ter início assim que o projeto de design do tanque terminar.
  3. Fabricação de componentes do tanque (10 dias) pode ter início assim que a seleção de fornecedor do tanque for concluída.
  4. Entrega do tanque ao site de trabalho (4 dias) pode ter início assim que a fabricação de componentes do tanque terminar.
  5. Preparação de desenhos de instalação (3 dias) pode começar assim que seleção de fornecedor do tanque for concluída.
  6. Montagem do tanque (15 dias) pode começar assim que as seguintes tarefas: entrega do tanque ao site de trabalho, preparação de desenhos de instalação e construção da base do tanque estiverem todas terminadas.
  7. Teste & comissão do tanque (4 dias) pode ter início assim que a montagem do tanque terminar.
  8. Após o término da fase teste & comissão do tanque, o projeto estará completo.
     

Para responder a pergunta, voce precisará desenhar um diagrama de rede.

Veja como fazer:

  1. Desenhe uma caixa e a nomeie como sua primeira atividade (projeto de design do tanque). Assegure-se de escrever a duração do projeto em dias na caixa (neste caso, 10 dias).
  2. Comece o seu diagrama desenhando como o design do projeto se relaciona com a construção da base do tanque e a seleção do fornecedor. Você poderá fazer isso ao desenhar uma caixa para as outras atividades, e também desenhar setas para estas caixa, partindo da caixa projeto de design do tanque.
  3. Continue desenhando caixas para representar atividades, e flechas para representar quando as atividades terão inicio.     
     

 


 

Depois de você ter desenhado o diagrama de rede, você poderá encontrar o caminho crítico. Lembre-se: o caminho crítico é o caminho de mais longa duração na rede em dias e não o caminho com mais caixas.

Neste exemplo, o caminho crítico é o projeto de design do tanque, construção da base do tanque, montagem do tanque e teste & comissão do tanque, com a duração total de 54 dias.

Você pode identificar o caminho crítico ao olhar o diagrama e encontrar o caminho de maior duração em dias, ou você pode usar a técnica de avanços e retrocessos, como apresentado na próxima seção.

Como usar as técnicas de avanços e retrocessos

A técnica de avanços e retrocessos apresentam uma outra forma de você encontrar o caminho crítico. Esta técnica é mais usadas quando se tem vários setores ou múltiplos pontos de entrada para uma atividade.  

Você também poderá usar a técnica de avanços e retrocessos caso tenha que concluir o quão mais cedo inícios e términos poderão ocorrer. Ou caso tenha que encontrar a folga (ou fluxo) para cada atividade.

Antes que você comece a usar técnica de Avanços e Retrocessos, veja abaixo alguns termos que você precisará compreender:

  • Início antecipado (ES): O início que uma atividade poderá ser antecipado assim que as atividades anteriores e dependentes sejam finalizadas.
  • Finalização Antecipada (EF): O início antecipado de uma atividade mais o tempo requerido para que a atividade seja finalizada (o quão mais cedo que o previsto uma atividade pode ser finalizada).
  • Término a última hora (LF): A última hora em que uma atividade poderá ser finalizada sem que o projeto todo se atrase.
  • Início a última hora (LS): A última hora em que uma atividade poderá ser finalizada mais o tempo requerido para completar a atividade.

Ao usar a técnica de avanços e retrocessos em seu diagrama de rede, ajuste cada valor de acordo com a seguinte legenda (SL significa folga, a qual cobriremos na seção seguinte).

 

 

Como avançar: encontrando início e finalização antecipados

Existem duas fórmulas na técnica de avanços e retrocessos. A primeira é a fórmula de avanços e será usada para que você vá do início ao fim do seu diagrama de rede (da primeira atividade a última). Esta forma irá encontrar o início (ES) e final (ES) mais antecipados para cada atividade.

Para começar usando a fórmula de avanços, faca do ES a primeira tarefa, ou seja, zero. Para todas as outras tarefas, o ES será o mesmo que o antecessor imediato do EF.

Use a fórmula seguinte para calcular EF:

EF = ES + Duração

Então para o projeto de design do tanque, o ES é zero e, o EF é 10 (10+ duração de 0). Também sabemos que o ES para a Escolha do Distribuidor do tanque é 10 e o EF é 18 (10 + duração de 8). Continue com esta fórmula por todo o diagrama de rede.

Como retroceder: encontrando a última hora para início e término

A segunda fórmula é para retrocessos, quando você passa da última atividade para a primeira atividade (você esta retrocedendo). Esta fórmula encontrará o início (LS) e o término  (LF) a última hora para cada atividade.

Para utilizar a fórmula de retrocessos, faça com que as últimas atividades LF o mesmo que suas EF. Para todas as outras tarefas, a LF é a mesma que LS de sua antecessora imediata.

Use esta fórmula para calcular LS:

LS = LF - Duração

Para o teste & comissão do tanque, a LF é 54 e, a LS é 50 (54 - duração de 4). Para a montagem do tanque, a LF é também 50 e, a LS é 35 (50 - duração de 15 dias). Continue com esta fórmula pelo diagrama de rede.

Para verificar se você calculou o retrocesso corretamente, a primeira atividade (Atividade 1) deve ter um LS (início mais tardio) de 0.

Veja abaixo a técnica de avanços e retrocessos completa:

 


 

Duas regras para se lembrar em avanços e retrocessos

Durante o cálculo de avanços, se você encontrar atividades que se encontram (atividades múltiplas que confluam em uma atividade), você deve aplicar a fórmula de avanços para cada ponto de entrada e usar o maior valor das fórmulas.

Durante o cálculo de retrocessos, se você tem atividades que se encontram, você deve aplicar a fórmula para cada ponto de entrada e usar o valor menor.

Como calcular o fluxo ou folga no exame PMP

Agora que você calculou o ES e LS para cada atividade, você pode encontrar o fluxo (ou folga).

O período de folga, conhecido também como período de fluxo para uma atividade, é o tempo entre o início antecipado ou tardio. Atividades críticas, atividades no caminho crítico sempre terão fluxo zero.

Existem duas fórmulas para calcular o fluxo baseado nos valores identificados na técnica de avanços e retrocessos.

Folga = LF - EF

Folga = LS - ES

Você sempre terá que usar este processo se for pedido que identifique a folga da atividade na prova do PMP. Ou caso não tenha certeza quais atividades estão no caminho crítico, você poderá achar a folga de cada atividade sabendo que atividades no caminho crítico sempre tem fluxo zero.

A última imagem abaixo mostra os valores de folga (ou fluxo) para cada atividade. Você pode ver que as quatro tarefas no caminho crítico tem fluxo zero -- projeto de design do tanque, construção da base do tanque, montagem do tanque, and teste & comissão do tanque.

 

 

Termos-chave do caminho crítico para a prova PMP

Aqui estão os termos mais importantes relacionados com o método do caminho crítico que você deve entender antes de fazer a prova PMP:

  • O Método do Caminho Crítico (CPM): O método do caminho crítico é uma técnica de gerenciamento de projetos passo a passo que identifica tarefas, críticas ou não, evitando problemas com prazos e obstáculos quanto a processos de entrave de recursos .
  • DRAG do Caminho Crítico (Devaux’s Removed Activity Gauge): A quantidade de tempo de uma atividade no caminho crítico é adicionada a duração do projeto. Ou, alternativamente, a quantidade de tempo para a conclusão do projeto seria reduzida por uma queda na duração da atividade para zero.
  • Índice de Criticidade: Usado em análises de risco, o índice de criticidade mostra a quantidade de tempo que uma determinada tarefa esteve no caminho crítico durante a análise. Tarefas com grande índice de criticidade estão mais propensas a causarem atrasos ao projeto já que existem maiores possibilidades de estarem no caminho crítico. 
  • Início Antecipado: o quão cedo uma atividade pode começar depende de quando a atividade anterior foi concluída.
  • Finalização Antecipada: o quão cedo uma atividade pode começar somado ao tempo necessário para que a atividade seja concluída.
  • Finalização mais tardia: o quão mais tarde um projeto poderá ter início sem que o projeto todo seja atrasado.
  • Início mais tardio: o quão mais tarde um projeto poderá terminar menos o tempo necessário para que a atividade seja finalizada.
  • Fluxo total: o quanto de atraso que uma atividade poderá ter sem que o projeto por completo sofra consequências.
  • Fluxo livre: o quanto de atraso que uma atividade poderá ter sem atrasar o adiantamento de uma tarefa que sucede a mesma.
  • Avanços: o processo que determina os inícios ou términos adiantados para atividades do método do caminho crítico.
  • Retrocessos: o processo que determina o atraso em início ou término de atividades no método do caminho crítico.
  • Diagrama de rede: uma exibição esquemática de relacionamentos entre as atividades do projeto, desenhando sempre da esquerda para a direita para refletir a ordem do projeto.
  • Análise de rede: o processo de dividir um projeto complexo em componentes (atividades, duração, etc) e sequenciá-los a fim de apresentar suas interdependências e como se relacionam.  

A maneira mais fácil de achar o caminho crítico  

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